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Carta aberta

Hortelã

Querido hortelã,

Admirei o seu verde. Não tinha como ignorar a sua presença. As folhas eram fortes, escuras e acompanhadas de ramificações a procura de espaço no jardim. Você se espalhava com prazer, sem dificuldade e sem pudores pela terra toda. E que cheiro maravilhoso, hortelã! Minha respiração aliviava quando eu te prendia nos dedos e cheirava logo em seguida. Invadia meu peito e eu expandia em reação a menta sutil que se intensificava conforme eu mexia as mãos. Ainda nem falei de seu gosto…

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Dói, São Paulo

são paulo,

já faz alguns anos da minha chegada. só duas malas cheias de livros e roupas. a câmera pendurada no ombro e uma mochila de expectativas bem embaladas com medo que pudessem quebrar. fase nova. tem situações que acontecem rápido demais, você não percebe. assim como não percebi os anos que passaram.

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Monólogo

será meu terceiro aniversário em são paulo. três datas com comemorações completamente diferentes uma da outra. eu vim da internet, colocava meus medos em textos, meus aprendizados em vídeos e compartilhava minhas dores com quem estivesse disposto a me assistir por 5 minutos.Continue a ler »Monólogo

Ritmo

Você já parou para respirar? Não de forma automática, mas já prestou atenção? Sempre tem algo acontecendo. Um filme pra ver. Uma rede social para acompanhar. Um textão no Facebook para ler. Em todos os lugares, em todos os momentos, a vida não para e o sentimento é de obrigação por ter que acompanhar tudo.

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O que é bom?

“Faça o que você sabe da melhor forma que você sabe. Faça um bom trabalho.” Isso ecoa na cabeça de um jeito terrível. Ao mesmo tempo que serviria para amenizar a pressão externa, em algum momento a intensidade aumenta e a ideia de sempre ser bom, em produzir algo bom, põe lenha na fogueira e deixa tudo desestabilizado internamente.

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