Talvez
Talvez tenha sido o sorriso torto,
Os olhos negros ou
As sardas sobre o nariz.
O som das gargalhadas,
A personalidade leve e
A forma despreocupada e
Desenrolada de lidar com tudo.
Talvez tenha sido o sorriso torto,
Os olhos negros ou
As sardas sobre o nariz.
O som das gargalhadas,
A personalidade leve e
A forma despreocupada e
Desenrolada de lidar com tudo.
Eu queria dizer que gostei de você desde a primeira vez que te vi. Que aquele tom azul escuro combina com seu corpo e que seu corte de cabelo é engraçado de se ver. Um engraçado gostoso de lembrar, provocando um sorriso largo de trazer leveza para a mente.
Aquilo que desestabiliza cresce. Aproveita as brechas. Cria momentos de crise, alimentando passados que de tão revividos ganham tons suspeitos. As incertezas são impulsionadas, o chão perde consistência. A vontade de sair da cama some.
Enquanto estiver comigo, me leve para longe. Pegue na minha mão e me faça sentir o comum de forma diferente. Acrescente novos tons de cores aos meus olhos, novos aromas ao meu olfato. Instigue meu paladar e me deixe decifrar você com um beijo.
Para onde correr quando o que atormenta está dentro da cabeça? Quando a dor é no peito, irradiando até chegar aos olhos, assumindo forma física? A quem recorrer quando a única coisa que se tem por perto é o travesseiro para abraçar e as incertezas para acalmar?
Foi diferente. Manso e vagaroso, mas não por isso menos intenso quando percebido. Arrancando um sorriso largo, arrepio gostoso e palpitar num ritmo novo. Já conhecia esse sentimento, mas não dessa forma. O que muitas vezes veio sem controle, hoje se mostrou calmo e despreocupado.
Problemas. A cabeça cheia, o corpo tenso. Pensamentos que importam tudo de ruim da semana anterior. Adivinhando o que de ruim poderá acontecer na semana seguinte. As incertezas carregando experiências passadas, combinadas com pessimismo cultivado há tempos e autoestima mantida sob rédeas curtas. O sucesso do Sistema.