Era uma vez
Era uma vez um menino solitário
Postura torta e coração machucado
Mantendo no interior da mente
As coisas que não conseguia ter
Era uma vez um menino solitário
Postura torta e coração machucado
Mantendo no interior da mente
As coisas que não conseguia ter
Quando for entrar, tire os sapatos. Deixe a sujeira do lado de fora e só traga os caminhos pelos quais seus pés passaram. Me mostre as experiências guardadas na mochila. Aos poucos, me deixe expor as cicatrizes talhadas no peito. Ria comigo transformando as sombras em ecos insignificantes.
Fiz uma promessa, lá no começo prometi que alguma coisa seria diferente. Não encararia os erros com tanta pressão. Não daria espaço para as insegurança crescerem sem antes promover uma boa lutar contra elas. Não levaria tudo tão a sério, já que a vida é dramática demais.
A rampa era bamba, instável sob os pés de alguém que não estava confortável. Ele mantinha os braços abertos e joelhos flexionados, preparado para saltar longe da beira caso alguma coisa fora do esperado acontecesse.
Sinto falta de quem eu era quando estava com você. De como minha pele respondia ao toque dos seus dedos, o arrepio induzido por um desejo crescente. As batidas no peito alterando o compasso por ter você mais perto, acelerando o ritmo pedindo por uma nova música.
Talvez tenha sido o sorriso torto,
Os olhos negros ou
As sardas sobre o nariz.
O som das gargalhadas,
A personalidade leve e
A forma despreocupada e
Desenrolada de lidar com tudo.
Ele estava deitado de lado aproveitando a brisa vinda da janela logo em frente. A cama era grande, vestida com um lençol de textura lisa, confortável ao toque e convidativo. Atraente para o físico e mente, carregado de lembranças. O som da cortina dançando preenchia o quarto, provocando um show de luzes sutil sobre as pálpebras fechadas.