Toque
Aquilo que desestabiliza cresce. Aproveita as brechas. Cria momentos de crise, alimentando passados que de tão revividos ganham tons suspeitos. As incertezas são impulsionadas, o chão perde consistência. A vontade de sair da cama some.
Aquilo que desestabiliza cresce. Aproveita as brechas. Cria momentos de crise, alimentando passados que de tão revividos ganham tons suspeitos. As incertezas são impulsionadas, o chão perde consistência. A vontade de sair da cama some.
Para onde correr quando o que atormenta está dentro da cabeça? Quando a dor é no peito, irradiando até chegar aos olhos, assumindo forma física? A quem recorrer quando a única coisa que se tem por perto é o travesseiro para abraçar e as incertezas para acalmar?
Luan, você é estranho, já deve ter percebido. As pessoas ao redor souberam disso antes de você, mas tudo bem. Não é o fim do mundo. Não é por ser diferente que as coisas são melhores ou piores pra você. Se a gente prestar um pouquinho de atenção, tem quem só finge se encaixar. Você não consegue fazer isso. Ainda bem.
Em algumas noites, quando o sono não vem ao mesmo tempo em que a cabeça deita no travesseiro, fico pensando sobre a minha arte. Os textos que escrevo, as fotos e os vídeos que gravo. Não são pensamentos neutros, claro.
Isso aconteceu em janeiro, quando estava em uma das praias de Santa Catarina. A última vez que tirei a camiseta em público foi em 2009, antes de emagrecer.
Há um bom tempo, comecei uma série de postagens que servem para mostrar o making of de algumas de minhas fotos. A primeira foi sobre Balloon e, seguindo o projeto, esse será de Demons. O frio na barriga sobre compartilhar continua presente, mesmo depois de tanto tempo.
Repentino, como sempre. Às vezes acompanhada de uma dose de esperança. Essa, uma ilusão confortável do que poderia ter acontecido. Um pensamento terrível do que pode ter acontecido. Esperança é a face sacana de quem brinca com a mente.